terça-feira, 22 de setembro de 2009

Centro em São Paulo oferece exame para identificar risco de câncer _ síndrome de Li-Fraumeni

 

Uma matéria que vi no Jornal Nacional e que despertou a minha curiosidade. Fui atrás e descobri.
Centro em São Paulo oferece exame para identificar risco de câncer
Três a cada mil pessoas na região sul e sudeste do Brasil devem ser portadoras de uma sindrome aumenta o risco de desenvolvimento do câncer.
A partir de segunda-feira (14), um centro de referência no tratamento contra o câncer, em São Paulo, começa a oferecer exames gratuitos para quem tem vários casos da doença na família. O objetivo é identificar quem são os brasileiros que têm maior risco de desenvolver câncer.
Há quase um ano, a professora Solange Cristina Souza precisou se afastar das salas de aula pra aprender os caminhos do hospital. De três em três meses, ela cumpre uma extensa bateria de exames por causa de um câncer de mama. Mas não são exames comuns. O Hospital A.C. Camargo está investigando casos de câncer hereditário e Solange vai fazer um teste genético, pago pelo SUS.
“Duas tias, uma falecida e depois de seis meses que ela faleceu uma outra adquiriu”, conta a professora.
Abrir as portas de um hospital para pessoas que não têm como pagar por exame tão moderno, tão complexo é muito mais do que uma acolhida. A medida é uma mudança de trajetória, de histórias familiares, de gerações e gerações marcadas, até então, pela dor e por muitas perdas.
“Quando minha irmã faleceu, a gente começou a ficar um pouco mais assustado porque já era o terceiro caso de câncer na família”, conta uma secretária que não quis se identificar.
As mortes na família de uma secretária, que não mostra o rosto por medo do preconceito, ajudaram uma pesquisadora a traçar o caminho de uma doença rara no mundo inteiro, mas que se multiplicou no Brasil. É a síndrome de Li-Fraumeni, uma modificação genética que diminui drasticamente as defesas do organismo contra o câncer.
A doença se espalhou pelo sudeste e sul do Brasil no século XVIII por causa de um único tropeiro. O homem que viajava para vender gado deixou também pelo caminho muitas famílias. Já se sabe que metade de todos os descendentes dele herdaram a síndrome.
“Três a cada mil pessoas na região sul e sudeste do país devem ser portadoras da sindrome e estão em alto risco de desenvolvimento do câncer. O teste genético vai ser a possibilidade de encontrar quem são essas pessoas em risco dentro da população brasileira”, explica Maria Isabel Achatz, diretora de oncogenética.
Alterações genéticas não têm tratamento, mas as doenças que elas causam podem ter.
“Eu acho que eu estou sendo a pessoa para isso, para ajudar a família toda a tirar todo esse medo, esse fantasma ai atrás da gente”, completa a professora Solange.









 Esta eu tirei daqui:
www.bbc.co.uk/.../image/dna_infograph1.gif
www.bbc.co.uk/.../dna/genoma/stage_2.htm




Um comentário:

Maria Emília disse...

Que boa notícia você dá aqui Rita. Como sempre comento que é pena que tão poucas pessoas conheçam o seu blog.
Um grande beijinho,
Maria Emília