Divagações à Bordo
Este é meu Diário de Bordo. Pretendo registrar aqui, minhas divagações à respeito do que eu percebo e experimento enquanto navego à bordo deste planeta chamado Terra.
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
Divagações de hoje 08/09/2023
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
40º aniversário do Felipe
Hoje seria o 40º aniversário do meu filho.
É impossível esquecer o filho que se foi e eu não quero esquecer.
Eu me lembrarei todos os dias. Não voltarei a ser quem eu era mas as dores da minha alma não conseguiram tirar-me o encantamento pela vida,
pelas pequenas coisas, pela natureza,pela música.
Há em mim um mundo ao qual ninguém tem acesso, alguns chegam perto mas é só,é um canto do meu coração onde a saudade é minha companhia e meu refúgio.
E se você não tivesse partido? Como teria sido a minha vida, a nossa vida? Como você estaria aos 40 anos?
Fico pensando que você perdeu muitos acontecimentos tão importantes, sei que é bobagem mas é assim que é.
Durante muito tempo, muitas coisas aconteceram ao meu redor e eu não me dei conta,´foi um tempo que eu vivi como se estivesse anestesiada,
indiferente ao que se passava ao redor, quando dei por mim o tempo tinha passado e me senti como se estivesse num outro mundo, num outro planeta, um mundo estranho onde eu não me reconhecia mais.
Ouço músicas que você gostava, algumas que exprimem o que eu gostaria de colocar em palavras mas não sei.
Hoje fiz um bolo, bem simples e O Arthur com os amiguinhos fizeram a festa. Sei que você está bem, domingo falei isso, que você com certeza estava melhor que eu. É um consolo bobo que me dou, já chorei tudo que tinha para chorar e como diz o Eclesiastes
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Estou no meu tempo de me dar consolo ... até que nos encontremos novamente.
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
Trechos escolhidos de Stray Birds
( Pássaros perdidos )
Rabindranath Tagore
Uma tentativa de tradução da versão inglesa de 1916.
Tradutor um amigo que preferiu assinar como Tradutor anônimo
Pássaros perdidos do verão
vêm cantar em minha janela,
e seguem adiante voando.
E as folhas amareladas de outono,
que não sabem cantar,
flutuam e caem nela suspirando.
O mundo tira sua máscara de imensidão
e se mostra aos que amam.
Ele torna-se pequeno como uma canção,
como um beijo da eternidade.
A tua saudosa face abriga os meus sonhos
como chuva à noite.
Desde que sonhamos que éramos estranhos,
acordamos e descobrimos
o quanto somos próximos.
A tristeza se transforma em paz
em nossos corações
assim como o entardecer
entre as árvores silenciosas.
Os olhos que na noite
choram a ausência do sol, também perdem a visão das estrelas.Ouça, meu coração, os sussurros do mundo. São juras de amor por ti.Os mistérios da criação são grandescomo a imensidão da noite. As ilusões do conhecimento são fugazes como a neblina da manhã.O que você é você não vê.O que você vê é a sua sombra.Meu existir. Eis a constantesurpresa da vida.Deus espera uma respostapelas flores que nos manda,não pelo sol e a terra.A luz que brinca entre as folhas verdescomo uma criança nua,felizmente não sabe que o homemmente.Ó beleza, acha em ti mesma o amor,não nas lisonjas do espelho.As árvores surgem na minha janelacomo as vozes do desejode uma terra silenciosa.Cada nova manhã de Deusé uma surpresa para Ele.Respondendo aos chamados do mundoa vida encontra sua riqueza.Respondendo os chamados do amorencontra seu valor.O leito seco do rio não recebegratidão por seu passado.Eu não posso dizer por queeste coração adoece em silêncio.Por pequenas necessidadesque ele nunca pede,ou conhece, ou lembra?...O mundo atira-se sobre as cordasdo coração preguiçosotocando a música da tristeza.Quem faz de suas armas deuses.Quando suas armas vencemderrota-se a si mesmo.Deus descobre a si mesmo na criação.Estrelas não se incomodam deser confundidas comvaga-lumes.Eu sou grato por não ser nenhumadessas engrenagens da máquinado poder, mas sim um destesseres vivos que elas esmagam.Seu ídolo quebra-se na poeirapara provar que a poeira de Deusé maior do que o seu ídolo.Nossas vidas são dádivas.Nós só a possuímos se a doamos.Nós chegamos perto da grandezaquando crescemos em humildade.O pardal entristece-se pelo pavãopor causa do peso da sua cauda."Nunca tenha medo dos momentos"(canta a voz da eternidade).Toma do meu vinho em minha própria taça, amigo, pois ele perderá a grinalda de espuma se vertido em outras.A flor recém-nascida abre seu botãoe chora: "Querido mundo,por favor não vire deserto".Deus se aborrece com grandes reinosmas nunca com pequenas flores.Eu dou toda a minha água com alegria,diz cantando a cachoeira, não importa se um pouco jámataria a tua sede.Aonde se esconde a Fonte que jorra todas estas flores numa incessante erupção de êxtase?O machado do lenhador imploroupor um cabo. E a árvore lhe deu.A névoa, como o amor,brinca sobre o coração das colinase revela belezas surpreendentes.Não sabendo entender o mundoafirmamos que ele nos engana.Cada criança que chega neste mundotraz uma mensagem:Deus ainda não desistiu de nós.Deixe que a vida seja bonitacomo as flores do verão e a morte como as folhas de outono.Aquele que procura ser bombate no portão. Aquele que ama encontra o portão aberto.Aonde te escondes, ó fruto?Aqui em teu coração, ó flor.A bainha que protege a lâmina daespada alegra-se por não ter corte.Na escuridão o Uno parece uniforme,na luz parece múltiplo.O nascimento e morte das folhassão os giros rápidos do redemoinho,cujos círculos maiores movem-se lentosentre as estrelas.O poder disse para o mundo:Sois meu!E o mundo o aprisionou em um trono.O amor disse para o mundo:Sou teu. E o mundo o deixou escolher aonde morar.Aquietai-vos, meu coração.Estas grandes árvores rezam.O selo da morteé o que dá valor à moeda da vida;torna possível compará-la ao maisprecioso bem.A nuvem colocou-se humildementea um canto no céue a manhã coroou-a com esplendor.A terra em resposta aos insultosoferece flores.A música do verão passado voapelo outono a procura do seu ninho.O eco imita sua origem, para provarque ela é original.Deus envergonha-se quando nos vangloriamos de Seus favores.Só vejo em meu caminho a própriasombra, se a minha luz está apagada.O homem mistura-se à multidão barulhentapara não ouvir a voz do seu silêncio.As montanhas são como crianças quegritando, abrem seus braços paratocar as estrelas.A estrada sente-se solitáriase os viajantes não a amam.A força gabando-se do seu poder,provoca um sorriso complacentenas folhas amareladas que caem e nas nuvens que se dispersam.A noite, beijando o dia que se vai,sussurra no seu ouvido: "Eu sou a morte, sua mãe. Eu vimpara que você renasça".O poder de Deus é melhor percebidona brisa suave do que na tempestade.É a noite que abre as flores em silêncioenquanto o dia recebe os agradecimentos.As gotas de chuva beijaram a terrae sussurraram: " Somos teus saudososfilhos, mãe, voltando do espaço".O canal gosta de pensar que o rio existeapenas para servi-lo de água.Não sei o que me angustia mais:Se minha alma cativa tentando se libertarou a alma do mundo batendo na portado meu coração sem conseguir entrar.O pensamento alimenta-se de suas próprias palavras e cresce.Humildemente escondidanas montanhas distantes, a nuvemenche de água as taças do rio.A água num vaso é cristalina;a água no mar é escura.A meia-verdade vem em palavras claras.A verdade inteira vem misturada como silêncio.Aquele que está muito ocupadofazendo o bem, não tem tempode ser bom.O alvo sussurra para a flecha:"Tua liberdade é minha".Mulher, tens a música da fonte da vidaem teu sorriso.Uma mente muito lógicaé como uma faca de dois gumes.Faz sangrar a mão de quem a usa."Eu perdi as minhas gotas de orvalho",chorava a flor para o céu da manhã,que havia perdido todas as estrelas.Se elogios envergonham-meé porque secretamente anseio por eles.O melhor não vem só.Ele vem acompanhado de tudo o mais.A oração do fruto é preciosa.A oração das flores é doce.Mas deixa minha oração sercomo a oração das folhas,na sombra de sua devoção humilde.Deus espera de presenteas suas próprias florespelas mãos dos homens.Quando o homem é um animal,ele é o pior deles.As nuvens escuras tornam-sejóias do céuquando beijadas pela luz.Como o barco que tira sua graçado vento e das águas, o meu coraçãotira sua beleza do movimentodo mundo.A morte pertence à vida, assim comoo nascimento.O caminhar está no avançar do pé, assim como no seu retorno.Eu cheguei até você como um estranho,eu morei na sua casa como um hóspede,eu te deixei como um amigo,meu mundo.Eu te vi como uma criança semi-acordadavê a sua mãe na penumbra do quarto,sorri e então adormece em paz.Leva o meu coração ao centro doteu silêncio, para que ele se alimentedas tuas canções.A verdade faz nascer a última palavra.E a última palavra faz nascer a próxima.A tua luz que sorri sobre os diassombrios do inverno de meu coração,já advinha as flores da sua primavera.Em Seu amor Deus beija o finito,e o homem o infinito.Não me deixes envergonhar-te, Pai.Tu que depositaste tua glória nesta criança.Nós saberemos algum dia que a mortenão roubará aquilo que a alma ganhou.Pois já é parte dela.Eu escalei o pico da montanha e não achei abrigo na fama,ou nas alturas estéreis.Leve-me, meu Guia, antes que anoiteçapara o vale. Onde a colheitada vida amadurece em sabedoria.Deixe que estas sejam as minhasúltimas palavras "eu confio no Teu Amor".
domingo, 9 de dezembro de 2018
Não é sobre você
"Não é sobre você"
Essa era a grande lição da vida naquele momento:
"Não é sobre você!"
É o que o ego inflado do herói, em algum ponto de sua jornada precisa descobrir
para sair de cena e dar lugar para a alteridade se apresentar em sua imensidão.
É o chamado à humildade, à reconexão com o fluxo essencial das coisas.
A morte dos outros, as perdas, as partidas... nada é sobre você!
As pessoas não te deixam.
Elas não nascem nem morrem por sua causa.
As pessoas não vêem ao mundo para preencher sua vida,
para te magoar, te perseguir, te amar ou te compreender.
As pessoas não estão interessadas na sua vida.
Não são elas que colocam dentro de você os sentimentos que você tem - rejeição, abandono, carência, medo, preenchimento, falta, felicidade, alegria, etc.
Os acontecimentos não se dão por sua causa.
Não é sobre você!
Se nem você se conhece, muito menos os outros sabem quem é você.
Assim como você, agem movidos por seus próprios dramas, seus próprios impulsos e imagens,
muito pouco sabendo até das próprias motivações.
Portanto, não é sobre você .
O sol não nasce porque você nasceu nem a noite surgiu pela sua escuridão.
Não é o governo que te faz infeliz nem a ausência dos outros que te faz solitário.
Não é por você o movimento das marés. Não é pessoal.
Não é sobre você!
Aquele que vive a jornada do herói, o caminho rumo à sua própria integralidade e transbordamento para o mundo, sai de cena, cede ao essencial e se deixa preencher.
Ele está livre. Tudo pode atravessá-lo e nada pode atingí-lo.
A morte... a vida... qualquer coisa que seja dita ou escrita... nada é sobre você.
Não é sobre você
Alexandre Xavier
segunda-feira, 25 de junho de 2018
ACALANTO DE MANUEL
(a partir do poema "Acalanto para mães que perderam o seu menino", de Manuel Bandeira)
Etel Frota
Agora dorme. Quem te alisa a testa, com amor
(nem Malatesta, nem Pantagruel)
é o menino que ainda vive e assim zela por ti
do oásis da lembrança, com todo o seu frescor.
Adolescente para sempre, hoje ele diz
de todas as idades que viveu
Te traz a aurora da primeira vez que te sorriu
te traz o esmalte do primeiro dente seu
Ele te nina e essa dor já vai passar
Agora dorme, que essa dor já vai passar.
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Os Olhos Do Meu Filho
Invocação
INVOCAÇÃO
Nada mais pode curar esta ferida;
Só a terra e o pó
Podem estancar esta dor.
Derramai a terra gentil,
Em cujos grãos a vida
Se prende de mil modos,
Jogai-a sobre minha cabeça e meu coração;
Somente isso me pode curar.
O bálsamo do maior dom da vida:
A morte, majestosa, final, selo dos selos.
Dai-me isso para estancar meu sangue,
Pois a ferida sangra sem sessar.
Eu desmaio, eu cambaleio, eu caio;
Ah, Deus! Misericórdia!
Não nos escutas?
Também nos negas teus ouvidos
Como Tua face
Que nos mostravas
Na face de um ser amado?
Piedade, ó Compassivo!
Rebenta as cadeias,
Liberta-me.
Todo o meu ser anseia,
Como um rio inquieto,
Pelo deserto da morte!
18 de dezembro de 1957
Amat'ul Bahá Rúhiyyih Khanun
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Simmel J.M.
Quando morreres, quando tua alma imortal abandonar teu corpo, serás
colocado dentro de um ataúde após alguns preparativos, e serás levado para um
jardim imenso com grama alta, onde cantam os rouxinóis.
Descer-te-ão à sepultura, jogarão terra sobre teu corpo e erguerão uma lápide com teu nome. Nem todas as pessoas morrem de maneira tão distinta; algumas simplesmente ficam jogadas em qualquer lugar e ninguém se importa com elas; outras, pelo fim que levaram, escapam a qualquer ocupação póstuma com seus restos mortais. A maioria, no entanto, encontra uma sepultura. Algum sacerdote faz uma oração; às vezes alguém chora antes que fiques só. Prometem que nunca serás esquecido, o que não deixa de ser um consolo, mas também um tanto ridículo... pois tudo se esquece depois de algum tempo. Tudo.
Quando morreres terás o teu próprio paraíso. Ninguém mais poderá importunar-te em tua sepultura. Descansarás em paz.
O vento sopra, as nuvens passam; o dia passa, a noite chega. O verão se
despede, a neve e a chuva fria te cobrem. Tudo isto já não te importa, repousas lá no fundo. O ano acaba. Mais uma vez chega a primavera e volta o verão. É o
mesmo sol que brilha, que ilumina a tua campa; sempre o mesmo.
Se, tiveres uma crença e levado uma vida temente a Deus,
então confiarás que o Todo-Poderoso há de receber-te em Seu reino celestial, onde os anjos tocam suas harpas, e terás a bem-aventurança infinita.
Se no entanto, tiveres criado para ti uma visão do mundo
baseado na física, acreditarás que os componentes orgânicos de teu corpo, transformados em ácido carbônico e amoníaco, irão se espalhar pela terra seguindo a lei da difusão, servindo para o nascimento de plantas e árvores. Por isto acreditas que toda flor, todo animal contêm uma parte do teu corpo. A
substância inorgânica do teu corpo, os sais de cálcio e de fósforo se
desintegrarão, dissolvendo-se na chuva e na água das correntes. A energia contida em teu corpo sairá dele, transformando-se em calor e formará parte da energia do mundo. Esta será a verdadeira ressurreição da morte, para quem, como, levou uma vida dedicada à química. Nesta convicção, viverás em paz com o que está por acontecer, sabendo que a morte nada mais é do que uma
conseqüência necessária de toda a vida. Nunca somos os mesmos. com a morte, no entanto, sofremos nossa maior transformação. Muita coisa acontece quando morremos. Mas não é tão fácil morrer.
Excerto:Amanhã Será Outro Dia
pgs 67-68 (J.M.Simmel)
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Milan Kundera - Lentidão e Velocidade
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
O Segredo
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Exausto
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Um homem doente faz a oração da manhã
Poderia bem ser oração de uma mulher
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Carta aos Mortos - divagações
Tem alguns dias que ando sentindo o desconforto da tempestade chegando.
Tão conhecida já. Um não sei que de insatisfação com tudo ... já sei. É o prenúncio. Hoje fui andar ai conforme me foi indicado. Fazer sozinha o que fazíamos juntos. Ainda não gosto de ir. Pequenas coisas ... tão insignificantes e são essas que deixam marcas, deixam saudade.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
SONETO DE JÓ
Soneto de Ausência
MEU FILHO, MEU FILHO
A Meu Filho
“Recorro a ti para não separar-me
deste chão de sargaços mais de flores,
onde os bichos que amastes mais o frutos
que em tuas mãos plantavas e colhias.
Por essas mãos te peço que me ajudes
e que afastes de mim com dentes alvos do teu riso
contido mais presente
a tentação da morte voluntária.
Não deixes, filho meu, que a dor de amar-te
me tire o gosto do terreno barro
e a coragem dos lúcidos deveres.
Que estas árvores guardem no céu puro,
entre rastros de estrelas e lembranças
dos teus humanos olhos deslumbrados”.
Odylo da Costa Filho
Publicado em Cantiga Incompleta, 1971
“Odylo não foi sempre um poeta em exercícios constantes. Tão esporadicamente atendia aos chamados da grande Musa, que chegou a ser incluso, por Manuel Bandeira, na Antologia dos Poetas Bissextos. A partir de 1963, é que, levado “por circunstâncias dolorosas”, entrega-se inteira/intensamente ao labor/lavor poético, produzindo o que o mesmo Manuel Bandeira viria a considerar “os mais belos poemas da poesia de língua portuguesa”. Instado pela dolorosa (e trágica) perda de um filho adolescente (Odylinho), portador do seu nome, o poeta concebe e dá à luz, nessa imensa dor, as mais sublimes joias poéticas, que tão bem fazem jus à classificação do mestre Bandeira”.
Para os Que Realmente Passaram a Viver
Para os Que Realmente Passaram a Viver
Do livro "A Vida Passou Por Mim" de: Jose Wanderley Dias
“O que vale, a cada um de nós, é encararmos o nosso fim como não
sendo realmente o fim: é etapa a ser cumprida, meta a que atingiremos,
e que nos cumpre atingir bem.” (José Wanderley Dias).
Durante muito tempo acompanhei a coluna "A Vista do Meu Ponto" de José Wanderley Dias no jornal A Gazeta do Povo ...
Escritor, advogado, jornalista e professor, José Wanderley Dias faleceu em 9 de julho de 1992, na região metropolitana de Belo Horizonte, em decorrência de grave acidente automobilístico, aos 67 anos, juntamente com sua esposa Neusa Maria Soares Dias, de 60 anos.