terça-feira, 1 de novembro de 2016

MEU FILHO, MEU FILHO



“As árvores na estrada
meu filho, meu filho
As estrelas da noite
e tuas mãos geladas
Mas de repente somes
levado pelo vento
não tardas a voltar
sepulto num soluço
que no pudor se esconde
A presença incorpórea
tem cabelos e risos
Teus olhos me olham fundo
do centro da escuridão
A presença incorpórea
é lâmina precisa
que não me traz a morte
antes me curva à vida
Em todas as viagens
– e muitas haverá até a derradeira – 
ter-te ao meu lado sempre
meu filho, meu filho”.

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