terça-feira, 1 de novembro de 2016

Soneto de Ausência


Soneto de Ausência.

“Não te ter ao meu lado dói-me fundo
na alma e no corpo como se rasgada
me fosse a carne ou se no mar profundo
tivesse a luz da vida mergulhada.
Só por teus olhos vejo e, assim, perdida 
tua presença, a cor mais violenta,
no amargor das neblinas escondidas,
cega na terra a graça que a sustenta.
Se no mercado indígena africano
acho em frutas e agentes o sabor
das manhãs do outro lado do Oceano
quando era adolescente o nosso amor
mais fere a tua ausência que eu
não tenho olhar quando me falta o teu”.

Odylo da Costa Filho

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